ENCADERNAÇÃO E ALMOÇO DE DOMINGO

O que fazer de almoço para 3 pessoas em um domingo chuvoso? Os igredientes eram dos meus preferidos e o resultado foi delicioso.

Mas antes de falar do cardápio vou contar que na quinta-feira fui fazer a aula de encadernação. Aprendi a fazer um pequeno caderno chamado moleskine. A aula foi com Mônica Colocci na Vila Mariana em São Paulo e o resultado foi este caderninho fofo composto de 8 cadernos com 5 folhas cada, costurados a mão e unidos um a um. Fui aprender por curiosidade e gostei bastante de fazê-lo. Fiquei sabendo da técnica pela última edição da revista Make. Para quem quiser saber mais sobre as aulas é só acessar AQUI.ou no BLOG Mônica Colocci. Se tudo der certo ainda farei uma outra aula, de encadernação com costura aparente. Vou esperar minhas mãos melhorarem um pouco pois atualmente não consigo segurar a agulha por muito tempo.

Como a aula terminou às 13h00 eu dei uma passadinha no bairro da Liberdade e não resisti aos maços de aspargos frescos que estavam em todas as bancas de verduras que eu via por lá. Aliás, tem cada coisa tão diferente nessas bancas. Uma pena não ter fotografado mas da próxima vez farei isso e vou mostrar pra vocês.

Aspargo é algo que eu gosto muito mas nunca tinha comprado frescos. Peguei 2 lindos feixes que pretendia fazer refogado no azeite. 

Fui a procura de como tratá-los antes de refogar e descobri 2 formas:

Pode-se lavar os aspargos, descartar um pedacinho da base do talo e cozinhar o maço todo em pé, numa panela estreita ou em uma leiteira por exemplo, com água até 3/4 do talo, deixando as pontinhas de fora. Quando começar a cozinhar, o vapor deixará  no ponto certo as pontinhas que são mais tenras.

  

Outra opção seria usar o descascador de legumes para tirar uma fina camada da base do talo, que é mais fibrosa.

Como pretendia refogar os aspargos, optei pela segunda forma. Foi assim que eu fiz.

Cortei as pontas que são mais tenras e reservei.

 Depois de usar o descascador de legumes para tirar a casquinha da base (mais ou menos da metade do talo para baixo). Cortei na diagonal para ficarem mais bonitinhos

Refoguei alho e cebola no azeite

 Acrescentei os talos e regoguei até amaciar e só aí coloquei as pontas (esqueci de fotografar), acrescentei sal e pimenta-do-reino

Eles acompanharam um arroz com frutos do mar e manjubinhas fritas que eu fiz assim:

Comprei um pequeno kit paella e acrescentei 3 filezinhos de peito de frago em cubinhos

Refoguei no azeite em uma frigideira bem grande e alta. Primeiro o frango, em seguida o polvo, a lula, os mariscos e por último o camarão. Quando estavam bem refogados acrescentei alho e cebola picadinhos e pimentão em tirinhas. Também não fotografei o refogado (estou ficando preguiçosa)

Acrescentei arroz, água quente e tomates

Temperei a manjubinha com limão, arisco (alho e sal) e pimenta.

 Meu marido passou no amido de milho e não na farinha de trigo como de costume.

 Ficaram sequinhas e crocantes mas não douram tanto quanto as passadas na farinha de trigo.

 Salada de rúcula e tomate para acompanhar. Em se tratando de salada, na minha opinião rúcula ou agrião são os melhores acompanhamentos para peixes.

E eis o primeiro prato...

 ...pois foi impossível não repetir.

bjs a todos e uma ótima semana. Queria tanto que a chuva desse uma trégua...

PARA OS APAIXONADOS POR CONFEITARIA E POR MOTIVOS FRANCESES (meu caso)

O post completo (em inglês) está AQUI

Descubra como pintar uma parede

Ando meio ausente daqui porque estou trabalhando bastante em casa. Vejo que muitos ainda estão em férias e as atualizações estão devagar em quase todos os blogs. Mas é isso aí, férias tem que ser vividas no mundo real mesmo.

Na sexta-feira terminei de pintar o quarto, só falta retocar uns borrões que eu dei no teto (hehehe). Foi bem fácil e rápido. Fiz tudo na própria sexta-feira: desocupar o quarto, forrar o chão com jornal, as esquadrias com fita crepe e pintar as paredes (uma vez de branco e duas de verde). Ainda coloquei um border floral (que meu marido não gostou muito mas acabou concordando...fazer o quê né? rs).

Enquanto eu pintava o fundo branco surgiram algumas dúvidas como por exemplo o que eu deveria pintar primeiro, os recortes (em volta das janelas, nos cantos, etc) ou a parede? Procurei no Google encontrei este vídeo. Como achei super esclarecedor e bem rápido, resolvi compartilhar. Eu não estou fazendo propaganda da Suvinil pois usei o verde primavera da Coral para pintar o quarto, mas acredito que as duas marcas sejam muito boas.

A trinca deu um pouco de trabalho, fiz na base da intuição usando massa corrida. Quebrei as bordas dela com suaves marteladas, para tirar as beiradas que estavam cai-não-cai, e cobri com massa corrida. No dia seguinte completei a cobertura pois quando seca, ela dá uma "afundadinha". Depois lixei antes de pintar.

O resultado ficou melhor que o esperado e com a economia da mão de obra (e acho que mais um pouquinho) comprei algumas coisas novas para o quarto, como essa colcha que eu namorava há tempos e um abajur bem pequeno. Na verdade o que valeu mesmo foi a experiência e agora que já sei que consigo fazer o serviço (já estão me chamando de Pereirão aqui em casa) eu pretendo reciclar um cômodo por mês. Em fevereiro estou pensando em fazer a sala. Sempre gostei de fazer este tipo de coisas aqui em casa.

Agora só falta um espelho oval  e reemoldurar a aquarela abaixo, que comprei em 1995 numa exposição de uma artista de Campinas, na Caixa Federal aqui de Jundiaí. Na época a aquarela veio numa moldura que não valorizava nada o trabalho e durante todos estes anos eu olhava pra ela e queria trocar mas nunca encontrava tempo. Agora farei isso e depois volto para mostrar a diferença.

A propósito, o papel que estava colado atrás do quadro, com as informações da artista, está com o nome ilegível. Se alguém aí de Campinas reconhecer a assinatura me diga pois gostaria de deixar registrado.

bjs a todos e semana que vem eu volto para contar sobre a aula de encadernação que farei em São Paulo.

COLOCANDO A CASA EM ORDEM (tentando...)

Quem pensa que vida de recém aposentada é mole, está muito enganado. Imaginem uma casa que ficou em segundo, terceiro, quarto plano durante 26 anos! Tem tanta coisa para consertar, restaurar e substituir por aqui que estou até com medo de começar...são pontos de iluminação que não funcionam, trinca na parede do meu quarto, torneiras desajustadas, caixa d'água com água saindo pelo ladrão, pintura pedindo retoques imensos, porta que precisa ser trocada...e olha que estou só no começo do levantamento. Acho que este será o ano de botar a casa em ordem e quem vai ficar em segundo plano será o craft. Mas até o final do mês pretendo fazer um curso de encadernação em São Paulo, só para recarregar a bateria, que eu não sou de ferro.

Como sou adepata do faça você mesma, vou economizar pintando meu próprio quarto. Ontem escolhi a cor, comprei as tintas, pincéis, rolos e massa para a trinca. Vamos ver se dou conta do recado.

Enquanto não sobra tempo para testar novos projetos crafts, deixo as fotos de sempre da chácara. Como costuma dizer minha sogra (e como acho que pensam muitos de vocês que passam por aqui): "O Méinha, você não se cansa de tirar fotos sempre das mesmas coisas?". E como sempre eu respondo: "Canso não D. Cidinha, eu acho que a cada dia elas estão diferentes..." Na verdade não me canso nunca de contemplar a natureza que está ao meu alcance.

O final de semana foi de muita conversa com os vizinhos da chácara. Eles também são vizinhos da minha sogra na cidade (há mais de 50 anos).

Conversar com eles, trocar idéias, experiências agrícolas e culinárias é um privilégio pois eles foram criados em sítio e são quase 80 anos de conhecimento respeitável. Gostamos muito deles e eles da gente. Normalmente conversamos pelo alambrado, mas dessa vez  fomos lá para colher peras.

Ganhamos pera para fazer conservas, doce de pera prontinho e delicioso, feijão roxão e folhas de cravo-da-índia. Demos uvas, beterrabas, ovos e alface. Essa troca é muito legal mas o melhor é ficar conversando com eles pela cerca e ouvindo histórias de antigamente. Vocês nem imaginam o quanto eu fico contente quando chegamos na chácara e vemos que eles também estão lá. Gente boa! Daquelas que a gente tem que conviver com muito respeito e carinho. 

E vocês, já engrenaram 2012?

Brincando com as plantas:

Malvavisco

Abobrinha diferente, parece que é bem comum no interior da Bahia

chuchu

Fim da safra de agapantos, restam as hastes, que são lindas.

 Estou sempre tentando fotografar as teias das nossas amigas tecelãs, mas só dessa vez é que consegui pegar bem os fios. Gosto muito de ver teias de aranha, embora morra de medo delas.

 Flor com gotas de orvalho pela manhã. Essa se chama bom dia.

 Esses balõezinhos são mato, mas as formas dele e das gavinhas tem um efeito fantástico.

 Caqui plantado pelo meu cunhado. Lá na chácara nós administramos a horta e o galinheiro e meu cunhado as árvores frutíferas.

 Essa arvorezinha aí embaixo é o pé de cravo-da-índia do vizinho. A mulher dele coloca as folhas no doce de pera e fica com aquele mesmo gostinho da semente, com a vantagem de não manchar o doce.

 A erva doce começando a formar sementes.

 Pompons fofos e cheirosos

 Flores

 Folhas de uva. De uma forma ou de outra elas sempre dão um jeitinho de aparecer.

 Orelha de pau

 A pereira do vizinho. Colhemos muitas peras verdes.

bjs a todos e uma ótima semana. Agora vou começar a tirar as coisas do quarto e consertar a trinca. Quero só ver até onde vou chegar.kkkk. depois eu conto. Sou o maior fogo de palha rs.

2012

Em tempo, voltei para deixar essa linda mensagem que recebi de uma amiga muito querida.
Acho que é praticamente tudo o que a gente deseja da vida...
obrigada Valerry querida.

Que nunca te falte um sonho pelo que lutar,

 um projeto para realizar,

algo para aprender,

um lugar onde ir e

alguém a quem amar...

FELIZ 2012

2012 chegou com chuva e com um friozinho fora de época, o que me obrigou agora há pouco, a correr pegar um par de meias grossas para usar enquanto escrevo este post. Gosto de frio e essa temperatura surpresa em pleno verão me deixa muito feliz. Além disso, é muito propícia para comer os docinhos que sobraram do almoço (ok mas a partir de segunda começarei uma dieta rs).

Eu não sou muito boa em sobremesas (ou não era até sexta-feira) mas esse final de semana acertei a mão e fiquei muito feliz com o resultado. Nada como pegar uma boa e velha receita de família, bem explicadinha nos mínimos detalhes, acrescentar uma boa dose de vontade de acertar e...bingo! Só que a receita não é da minha família mas é da família da Jô Bibas, uma blogueira muito gentil que tive o prazer de conhecer no final de 2011. Quem publicou foi a Marina, filha da Jõ, que nem sabe, mas me deu um presentão.

Minha paixão por esse doce começou quando eu tinha uns 15 anos. Havia uma doceria aqui na cidade que tinha 3 doces que eu adorava, camafeu de nozes, brigadeiro recheado com uva Itália e papo de anjo. Quando a doceria fechou as portas, eu sabia que sentiria falta desses docinhos. Mas o campeão da saudade nesses anos todos, foi o papo de anjo. Nunca mais encontrei esse doce por aqui e embora já tivesse encontrado várias receitas pela internet, eu nunca me senti segura para tentar fazê-lo.

Há algumas semanas, através do blog da Jô, eu descobri o Confissões de uma Doceira Amadora, blog da Marina, e acabei me deparando com a receita de papo de anjo. Quando me dei conta estava completamente envolvida com a maneira como ela descreveu a receita, achei que conseguiria e resolvi tentar. Anotei no meu velho caderninho e levei para a chácara nesse final de semana. Ficaram divinos e não devem nadinha para os que eu tinha na memória. O problema desse doce, é que ele é irresistível, comi vários e agora acho que só farei de novo no ano que vem, porque é uma verdadeira iguaria e como tal, só deve ser saboreada em ocasiões especiais. O docinho fez sucesso e acho que vai virar tradição de primeiro de ano na família.

A receita está no  Confissões de uma doceira amadora

O blog da Jô é o Arte Amiga

É claro que fotografei...

 E o que fazer com todas aquelas claras que sobraram? Que tal outra sobremesa? Pudim de claras. Minha sobrinha, que morou 2 anos em Portugal se deliciou com o que chamou de Molotof. Ela disse que achou que nunca mais comeria um Molotof e que o meu pudim ficou idêntico ao doce português. Fiquei me achando...rsrs

Tem a receita AQUI

Toda vez que eu olho para a mangueira eu fico pensando que ela se enfeita de bolinhas para o Natal e então resolvi dar uma força na decoração mas a chuva me impediu de terminar o trabalho. Quem sabe ano que vem eu consigo decorá-la todinha. Antes do Natal... 

 E falando em enfeites de árvore, para estes pinheirinhos feitos com botões eu me inspirei AQUI

 Enxerguei nas cerejinhas o formato de corações e fiz o lacre de garrafa virar cadeirinha

 Uvas não poderiam faltar. São lindas...

 Meu marido achou essa folha toda rendada por algum inseto, quem sabe a formiga aí do lado...

 O broto da minha araucária, flor de feijão, flor de abóbora, orquídea e flores de mamão 

Um 2012 de muita paz para todos.