terça-feira, fevereiro 19, 2013

APRENDENDO A FALAR



Crianças tem um modo muito peculiar de falar. É interessante (e engraçado) observar a evolução da fala nos pequenos, que na verdade parece evoluir e regredir o tempo todo, sem o menor problema para eles.

Das minhas filhas me lembro de poucas palavras, cenoura era "sonôra", cebola era "sobôla", hospital era "hispital" e como não anotei as coisas engraçadas, caíram no esquecimento. Uma pena, mas não quero reincidir no erro com as netas e resolvi escrever aqui o que tem alegrado meus ouvidos nos últimos tempos. Nada demais, apenas coisas de vó babona.

A Bibia não é de falar muito, mais sossegada e com menos de 2 anos, fala quase corretamente não fosse por ignorar completamente palavras com mais de 3 sílabas, seu mundo se resume em monossílabas e dissílabas. Tomate vira "mate", bolacha vira "lacha", danone é "none" e quando eu converso com ela, por vezes me sinto em uma sala com eco, já que ela repete o final de quase tudo que falo. Entre as poucas palavras erradas que pronuncia estão "queiche" (quente) e "maley" (Barney). Ainda não dá para dizer com certeza, mas parece que não terá muitos problemas com a palavra falada.

A Gigi entretanto, é uma matraca das legítimas e talvez por essa razão tenha um repertório incrível de palavras faladas de um jeito engraçado. Parece que o negócio dela é falar, mesmo que tenha que construir os sons seguindo uma lógica às vezes curiosa. Há algum tempo ela ignorava totalmente os "erres" do meio das palavras: poRta virava "pota" e também não pronunciava "erres" duplos: caRRo era "cao". 

Quando tentou se corrigir virou um "Cebolinha" e passou a usar o "L", transformando carro em "caLo". Quando fnalmente aprendeu a pronunciar "caRRo", passou a usar o R também onde não existia e vovó Ana passou a se chamar "RAna", os pronomes ele e ela viraram "Rele e Rela". E assim passou a funcionar a nova regra dos "erres" por algumas semanas, até que tudo entrou nos eixos.

Atualmente predomina o sotaque paulista caipira quando pronuncia braço por exemplo (aqui em Jundiaí  a maioria, inclusive eu, "arrasta" o R quando diz "porta"  mas não quando diz "braço", mais ou menos como a Hortência do basquete fala rsrs).
Ela também está entrando na fase da "bicicReta", do "pobRema" e da "pRaca"... tá de doer nos ouvidos...vamos ver qual será a próxima. rsrs

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