LEMBRANÇAS GUSTATIVAS



Acho que já deu para perceber que eu estou meio à toa (tenho navegado e postado com maior frequência - e "delirado" um pouco também). Na verdade não deveria estar à toa, mas vou confessar:  me dei esse presente. Poucas coisas são tão boas quanto isso.

Tenho feito vista grossa para a bagunça que tomou conta por completo aqui da residência. Divina bagunça já que estamos todos reunidos sob o mesmo teto pela primeira vez desde que a Lu se casou há mais de 2 anos, e isso é BOM   DEMAIS!!!!  Pena que seja por pouco tempo. Nos finais de semana somos 8 aqui em casa e durante a semana pelo menos 7.

Meu grande sonho é morar todo mundo junto em uma casa grande o suficiente para convivermos com mais intensidade e também para ficarmos isolados quando não estivermos a fim do convívio, mas isso é quase uma utopia e portanto me contento com a situação atual.

A mesa do café ficou mais feliz e a do jantar então, nem se fale. Adoro escutar a Gi perguntando logo cedo: "Cadê a "fofó", mamãe? Minha lavanderia está a mil por hora e as máquinas não tem trégua, mas conviver com quem a gente ama é a melhor coisa do mundo.

Já estou ficando triste por ver que esses dias estão contados e daqui a pouco cada uma das filhas e famílias seguirá seu rumo e ficaremos só em 2 aqui em casa. Exceto aos finais de semana que espero, voltaremos a ser 8. Por via das dúvidas já providenciei 1 colchão inflável extra.
Mas enfim, tudo isso é para dizer que ultimamente ando cozinhando mais e por consequência frequentando mais o supermercado e o mercadinho. Ontem, em uma dessas idas, eu me deparei com uma coisa que não provo há tempos: tapioca. Na verdade era um preparado de tapioca já pronto para o uso. É só colocar na frigideira e adicionar o recheio, se desejar.

Pode ser salgado...

 ...ou doce



Eu adoro tapioca e minha história com ela vem de muitos anos. A empresa onde trabalhei por mais de 20 anos tem unidades em quase todos os municípios brasileiros e por isso tive a chance de conviver com pessoas de todos os cantos do país. Tenho saudade das pessoas e obviamente das iguarias como o doce de jaca do Espírito Santo, o bombom de cupuaçu que meu amigo trazia do norte e claro, da tapioca na manteiga que o Joaram, nordestino super falante e amigo, trazia para a gente tomar com café preto na hora do coffee break das reuniões. Esse foi meu primeiro contato com a tapioca, mas foi em Brasília que me apaixonei de verdade por ela. Fui à Brasília umas 4 vezes, todas a trabalho, e em todos os hotéis em que fiquei hospedada a tapioca era servida no café da manhã. Eu comia todos os dias e às vezes comia uma salgada e outra doce (hehehe). Quando eu voltava para a casa, saudosa dessa delícia, chegava a me arriscar a produzir a minha própria, mas achava trabalhoso e rendia muito para as poucas bocas que pretendiam devorá-las: eu e a Jú. Além disso eu achava que nunca ficavam iguais. Com o tempo acabei deixando de lado as tapiocas e como por aqui elas não são tão comuns, cairam no esquecimento (até ontem, quando encontrei o tal pacotinho). Paguei 3,59 e na embalagem dizem que rende 5 tapiocas. Acabei de fazer 3: uma de queijo e presunto e 2 de leite condensado com coco ralado. Pena que o coco ralado era desidratado (eu hidratei com água quente) pois com o coco fresco ficaria bem mais gostosa. Mas eu e Lu nos fartamos com as 3 e só não comemos mais porque a Ju que está trabalhando ia ficar tristinha de saber que não deixamos nada pra ela.
Não estou fazendo propaganda da marca porque nem conheço a empresa, mas vou mostrar a embalagem porque achei muito prática, gostosa e com preço camarada, mas não sei se estão disponíveis em todo Brasil. São fabricadas aqui em São Paulo.