segunda-feira, janeiro 31, 2011

A PRIMEIRA ÓPERA

Foi bem por acaso que fui parar em uma ópera, a primeira da minha vida! 

Começou assim,
tenho uma grande amiga de trabalho, de conversas, de craft, de compras crafts (feiras, 25 de março, Pedreira, etc..) e de cultura também, que quer comprar uma máquina de bordar. Eu combinei de levar a minha para um teste drive antes dela fazer o investimento. Combinamos que sábado ou domingo à tarde eu iria até a casa dela com a máquina. Como no sábado de manhã tive compromisso e à tarde eu teria que arrumar a casa, liguei avisando que só poderia no domingo. Foi nessa hora que ela me disse que 'tudo bem' mas que não poderia ser muito tarde pois iria a uma ópera às 18 horas e me convidou para ir junto.

O convite me pegou de surpresa pois embora sempre tenha desejado assistir a uma ópera, me parecia algo tão distante da mimha realidade...e além disso, esse calor infernal não me dá vontade de sair de casa à tarde, mas tudo isso se passou pela minha cabeça em segundos e logo topei o programa inusitado.
Quando desliguei o telefone repliquei o convite para minhas filhas e meu marido. Elas declinaram na hora porque tinham outros compromissos e meu marido quase aceitou mas quando descobrimos que era infantil ele desistiu e só a criança que aqui escreve se entusiasmou ainda mais com a descoberta.

Como boa curiosa que sou, tratei logo de vasculhar a internet a procura de informações sobre o evento e gostei bastante do que descobri:

A Cia Brasileira de Ópera é um projeto inédito na história da arte lírica no Brasil, começou com John Neschling, que infelizmente deixou a Cia no início desse mês. O polêmico maestro reergueu a OSESP (Orquestra Sinfônica de São Paulo) e me parece, adora desafios e - polêmicas à parte, realmente tem competência para esse tipo de empreitada.

 "O Barbeiro de Sevilha", do italiano Gioachino Rossini, foi escrita há quase 200 anos e  é a primeira produção da Cia, que já viajou por algumas das principais cidades do país e agora chega ao interior. O cenário é bem enxuto, que eu me lembre tinha 1 cadeira, uma mesinha/banco, uma sacada com janela, uma lanterna e uma navalha - que entravam e saiam rapidamente do cenário. Mas poucos objetos e móveis não significa cenário pobre, não nesse caso, pois o tempo todo foi exibida uma animação muito bacana do cartunista Joshua Held. Os cantores interagiam com o desenho, o que deu um toque de modernidade e reforçou as cenas engraçadas. Os cantores estavam vestidos com roupas de época e a orquestra também interagiu com eles (que lindo ver uma orquestra ao vivo!).  Como cantavam em italiano, a tradução era exibida em uma tela no alto do cenário. As crianças se divertiram e 2 meninos de 4 ou 5 anos, que estavam bem a nossa frente, riram às gargalhadas pois embora ainda não soubessem ler (acredito eu), entendiam perfeitamente o gestual dos cantores que antes de cada ato faziam um breve relato do que aconteceria na cena seguinte. 

Durante o tempo todo fiquei pensando que foi uma pena meu marido e minhas filhas não terem ido. Pena também que não tive tempo de convidar outros amigos e o pessoal do coral pois sei que todos adorariam ter assistido. A partir de agora ficarei de olho na agenda cultural aqui da cidade pois sempre tem coisas bacanas e um pouco de cultura e de coisas diferentes fazem muito bem para manter o espírito feliz e para adubar a inteligência.
O espetáculo faz parte da agenda cultural em comemoração aos 100 anos do teatro Polytheama de Jundiaí e os ingressos foram vendidos pelo preço simbólico de R$2,00 ( R$1,00 para estudantes).

Teatro Polytheama de Jundiaí 
Ganhou pintura branquinha de presente de aniversário, tá lindo!

Fiquei muito feliz por ter assistido ao espetáculo. Embora não tenha referências anteriores, achei de alto nível, muito profissional, caprichado e inovador.
Se a Cia aparecer aí na cidade de vocês, não deixem de ir pois são apenas 50 minutos, mas imperdíveis 50 minutos...

8 comentários:

  1. Que delícia de programa! Quem me dera poder ir também! Fiquei feliz por você!

    Beijos,

    Eneida

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  2. Que programa bacana!
    Essa ópera é maravilhosa, então você começou com o pé direito.
    Tomara que seja a primeira de muitas outras!
    Sabe que eu gosto de ópera e de música clássica desde criança? É que meu pai também era um grande apreciador e aprendi a compartilhar esse gosto com ele.
    Esse teatro Polytheama parece um charme! E considero muito importante esse incentivo de realizar alguns espetáculos com preços simbólicos.
    Beijos.

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  3. Estava eu lendo o JJ, depois de ler seu post de ontem, quando me dei conta que estamos na mesma cidade!!!!
    Podíamos combinar um chazinho nada virtual qualquer dia, né???
    Beijos...

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  4. Estou fazendo um sorteio no meu blog, passa lá e participa!!!!

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  5. Bom dia, tem seinho pra ti la no meu blog..
    http://estrela-guia2010.blogspot.com/2011/02/selinho-chegando.html

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  6. Oi querida, adoraria assitir esta ópera, deve ser linda parabéns te desejo uma linda semana com muito carinho Leila

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  7. Como estudei música por alguns anos e, sou descendente de família italiana também, sempre que podia íampos em óperas em SP... até hoje eu choro toda vez que assisto uma! Fez muito bem em ir... beijocas

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Muito obrigada pelos comentários. Venham me visitar sempre!
Um abraço. Mamélia ;)


FEITO NO BRASIL